Religião

Bem, depois de uma temporada sem novas postagens, como de costume, reativamos o blog com um novo design. Lá vai.

A maior besteira de toda a história da humanidade é a religião, sem dúvidas. Na religião está o maior papo-furado já dito na história, ela chegou a convencer a humanidade que existe um "homem-invisível", que observa tudo o que você faz, todo dia, todo instante e qualquer coisa que voce fizer que não esteja de acordo com a "Lista mágica de coisas que não se deve fazer", ele irá te castigar, te enviando para um lugar especial, reservado para "desobedientes", aonde você irá sofrer, sufocar-se, queimar-se, gritar e chorar para todo o sempre. Mas ele te ama, e precisa de dinheiro, o tempo todo. Ele é o todo poderoso, o todo perfeito, sabe tudo, mas, por alguma razão não sabe administrar. A religião arrecada bilhões de reais, não pagam impostos e sempre querem mais, querem tudo para si. Gananciosos.

Religiosos fanáticos estão em todos os lugares, até nos mais inesperados. Então, para não me encherem o saco, quero que saibam que eu tentei acreditar em religião, como tentei. Acreditar que existe um ser que nos criou em sua imagem e semelhança, que nos ama muito e observa tudo. Eu realmente tentei acreditar. Mas aqui vai uma dica: Quanto mais você vive, mais você percebe que algo está errado. Guerras, doenças, mortes, destruição, fome, poluição, pobreza, tortura, corrupção, crime e muito mais. Definitivamente há algo de errado, isso não é um trabalho bem feito e se isso é o melhor que Deus pode fazer, lhes digo, não me impressiona. Esses resultados não fazem parte do curriculum de um ser supremo. Porcarias como essas você espera de um empregado temporário e irresponsável. Em qualquer universo administrado decentemente esse cara "todo poderoso" já estaria no olho da rua há muito tempo. Então, se existe mesmo um Deus, devemos concordar que ele é, no mínimo, incompetente. Ou talvez não está nem aí, que é algo que eu admiro numa pessoa e explica o porque desses maus resultados.

Então, ao invés de ser apenas um robô religioso, fanático, que acredita loucamente e cegamente que tudo isso esta nas mãos de uma figura paterna e medonha que não está nem aí, eu decidi olhar ao meu redor em busca de outra coisa para louvar, uma coisa que eu poderia contar. E imediatamente pensei no sol. Em apenas uma noite tornei-me um "adorador do Sol". Bem, não exatamente em uma noite, não se pode ver o sol a noite. Mas bem cedo, no dia seguinte, tornei-me um "adorador do Sol", por várias razões. Primeiro: eu posso ver o sol, ao contrário de uma infinidade de Deuses que eu posso citar aqui, eu posso ver o Sol de verdade. Eu gosto disso, se eu vejo algo, sei lá, ajuda na credibilidade. Todos os dias posso ver o sol e ele me dá tudo o que preciso. Calor, vida, comida, flores no parque, o reflexo no lago e vez ou outra câncer de pele, mas pelo menos não há crucificações e não jogamos pessoas em fogueiras só porque não concordam conosco. A adoração do Sol é bem simples. Não há mistérios, milagres, rituais, ninguém pede dinheiro, não há hinos para se aprender e não nos reunimos semanalmente só para comparar nossas roupas. E o melhor de tudo é que o sol jamais dirá que não somos dignos, que somos maus e precisamos ser salvos, nunca nos dirá uma palavra mal-criada e nos trata muito bem. Então, eu louvo ao Sol. Mas, não faço preces ao sol. Sabe porque? Não é o que se espera de uma amizade, não é educado. Quantas vezes as pessoas tratam deus mal, pedindo trilhões de coisas todos os dias. Pedindo, implorando favores. "Faça-me isso", "dê-me aquilo", "preciso de um carro novo", "quero um emprego melhor". A maioria dessas preces acontecem aos domingos, no dia da sua folga. Não, não é assim que se trata um amigo. As pessoas rezam pelas mais diversas razões. Sabe, sua tia precisa daquela operação no meio das pernas; Seu irmão foi preso por defecar dentro do shopping ou até porque voce precisa "tirar umazinha" com aquela morena que trabalha na lojinha da esquina. Sabe, aquela com o corpo cabeludo e as pernas tortas para dentro. Você rezou por isso? Tudo bem, reze pelo o que você quiser, qualquer coisa. Mas e o plano divino? Lembra-se disso, o plano divino?

Há muito tempo atrás, Deus criou um plano divino, pensou bastante a respeito e concluiu que estava bom, colocou-o em prática e por bilhões e bilhões de anos o plano divino estava indo muito bem, agora você vem e reza por algo. Suponhamos que o que você quer não está no plano divino. Mesmo assim você quer que Deus faça. Quer que Deus mude seu plano, só por sua causa? Você não acha um  pouco arrogante de sua parte? De que adianta ser Deus se todos vem com um livro de orações e esculhamba com o seu plano? Os problemas não param por ai. Suponhamos que suas preces não sejam atendidas, o que você diz? "Oh, é o desejo de Deus, assim seja". Tá bem, mas se é o desejo de Deus e ele fará o que quiser de qualquer modo, para que diabos serve rezar? Eu vejo como uma grande perca de tempo. Não acha melhor pular a parte da reza e ir direto à sua vontade? É tudo muito confuso. Então, para resolver tudo isso eu resolvi louvar o Sol. Mas como já disse, não rezo pro Sol.

Sabe para quem eu rezo? Para Joe Pesci. Duas razões. Primeiro que ele é um bom ator, segundo que ele tem um jeito de quem resolve as coisas. Joe Pesci não dá mole. Na verdade ele consegue coisas que dão trabalho para Deus resolver. Durante anos pedia para meu vizinho desligar suas musicas sertanejas aos domingos, mas, Joe Pesci deu um jeito naquele filho da mãe. Numa visita só. É inacreditável o que se consegue apenas com um taco de beisebol. Então, tenho rezado para Joe há cerca de um ano e percebi uma coisa. Todas as orações que eu fazia a Deus e que agora faço a Joe, fui respondido na mesma proporção de cinquenta porcento, mais ou menos. Metade das vezes consigo o que quero, metade não. O mesmo com Deus: Meio a meio. Igual ao trevo de quatro folhas, ferradura, poço dos desejos, pé de coelho, feiticeiras. Igual a mulher que diz seu futuro lendo sua mão. Tudo a mesma coisa, meio-a-meio.

Então, escolha sua superstição, faça um desejo, sente-se e divirta-se. Ah, e para aqueles que procuram na bíblia lições de moral e qualidade literária, eu gostaria de seugerir outras histórias. Vocês irão gostar muito dos "três porquinhos", muito bom, tem um final feliz. Sei que gostam disso. E tem também "chapeuzinho vermelho". Bem, tem aquela parte censurável, onde o lobo-mau come a vovozinha, mas eu nem dei a mínima. E para finalizar, eu sempre encontro conforto moral em "Humpty Dumpty". A parte que eu mais gosto é "Nem mesmo todos cavalos do rei e todos os homens do rei poderão juntar os pedaços de Humpty Dumpty". Porque não existe Humpty Dumpty e não existe Deus nenhum, nenhum Deus nunca existiu. Na verdade, vou dizer assim: Só existe um Deus, que caiam mortos todos leitores, incluindo você... Viu, nada aconteceu, você está bem e não caiu morto. Digo mais, se existe um Deus que ele me tenha morto... Viu, nada aconteceu, novamente... Opa, peraí, estou com cãimbra na perna e meu saco dói, estou surdo também. Agora estou bem denovo. Deve ter sido Joe Pesci, hein?! Deus abençoe Joe Pesci e todos vocês, muito obrigado por ler meu texto.